As mudanças nos hábitos de compra são uma das principais decorrências da incorporação de ferramentas digitais ao nosso dia a dia. Esse movimento facilita o acesso à informação e a novas e diferentes formas de experiência de consumo. Uma consequência direta é o crescimento do e-commerce em ritmo acelerado e o segmento de vestuário não é exceção. Mas o que nos leva a escolher uma marca ou um tipo de comércio online em detrimento de outro? Quais são os motivos de nossas preferências? Foi para entender esses e outros drivers relacionados à compra de roupas que a Shopper Experience, empresa pertencente à holding HSR Specialist Researchers, realizou a pesquisa Shopper Compass no E-commerce de Vestuário, que analisou diversos pontos de contato entre consumidores, lojas e marcas.
Ao analisar a experiência nos diferentes modelos de loja, a pesquisa observou que os entrevistados mostraram-se mais satisfeitos com compras no e-commerce de marcas, pois 82% dos entrevistados deram notas entre 8 e 10 para sua experiência nesse tipo de loja. Esse mesmo índice cai para 68% em marketplaces, sites que reúnem várias marcas em um único espaço. No caso do e-commerce de lojas físicas fica em 67%. De acordo com o estudo Shopper Compass, são três os principais fatores que fazem as lojas de marcas online se diferenciarem das demais. Ter facilidade de navegação no site da loja foi indicado por 29% dos entrevistados, seguido de ter moda atual (24%) e entrega no mesmo dia (29%).
“Percebemos que as pessoas, dependendo da idade, têm costumes diferentes de compra online, mas estão todas muito bem conectadas, acostumadas e usando o e-commerce com grande frequência. Como visto na pesquisa, o acesso à informação e maiores facilidades alteram a experiência de consumo, satisfação com marcas ou atendimento do e-commerce e, consequentemente, refletem no crescimento do setor”, explica Valéria Rodrigues, diretora Shopper Experience e responsável pela pesquisa.
O estudo constatou também que o gasto com compras online é maior entre pessoas de 45 a 54 anos, com média de R$ 1,9 mil por ano. Já os mais jovens, de 14 e 24 anos, gastam R$ 1,1 mil. Comportamentos diferentes também foram identificados na preferência pela rede social na qual cada grupo obtém informações sobre vestuário. Os entrevistados mais novos costumam recorrer ao Instagram (78% dos ouvidos), enquanto os “mais maduros” utilizam o Facebook (60%).
Outro ponto destacado foi o engajamento desse usuário com as redes sociais, pois 59% responderam que curtem os perfis dessas lojas. O dispositivo de acesso mais frequente também muda de acordo com a idade. O smartphone é o mais utilizado para 78% dos entrevistados entre 18 e 24 anos. Já o computador é preferido pelo púbico que tem entre 45 e 54 anos (73%).